Fallout: A Série – Tudo que você precisa saber

A série de Fallout acaba de ser lançada no Amazon Prime Video, e o influenciador Zangado traz um guia com tudo o que você precisa saber.
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E aí! Aqui é o Zangado, e hoje é dia de um vídeo diferente. Como não é surpresa para ninguém, a saturação da temática de heróis bateu, Hollywood percebeu, e agora a bola da vez da expansão de mídia são os games. Estes ganhando novas séries e filmes, em formato de animação ou live action.

Assim, a Bethesda me pediu para falar hoje sobre a extensa história do jogo Fallout, mas também vou falar um pouco sobre a nova série em live action que vem por aí. Nesse vídeo, eu vou ambientar aqueles que têm intenção de assistir, mas que nunca jogaram nenhum dos jogos da saga. Então pega aquele lanche leve, se acomoda aí, e vem com o tio.

Um mundo pós-apocalíptico: O que é Fallout?

Fallout se passa em um mundo pós-apocalíptico
A série Fallout se passa em um mundo pós-apocalíptico – Foto: Bethesda/Press Kit

Fallout é a famosa série de jogos que mistura RPG e FPS, que, a propósito, este ano completa 27 anos de existência, criada pelo lendário produtor da Interplay, Tim Cain. O primeiro jogo não teve mais do que 30 pessoas no seu desenvolvimento. Com um orçamento de 3 milhões de dólares, nasceu um RPG de visão isométrica que mergulhou a fundo em uma história pós-apocalíptica acompanhada de relacionamento entre personagens sobrevivendo a esse mundo cheio de monstros.

E o que é Fallout? O título em inglês traduzido seria algo próximo a “partículas radioativas”. O mundo de Fallout tem uma linha do tempo alternativa à nossa, tendo início após a Segunda Guerra Mundial e culminando em uma guerra nuclear em outubro de 2077. Tem um aspecto retrofuturista, pois as casas, roupas, penteados, músicas, costumes e tudo mais parecem os Estados Unidos dos anos 50, mas vemos robôs, super computadores e dispositivos futuristas ao mesmo tempo, enquanto outras coisas como TVs e rádios se mantêm antigos, pois tecnologias que iriam evoluir para os designs de hoje nunca foram feitas.

O jogo se passa em 2161, nos Estados Unidos Continentais, agora conhecidos como a “Wasteland”, que na nossa língua ficaria algo do tipo “terras devastadas”. É o que sobrou da Terra após as guerras nucleares que ocorreram em 2077. Isso foi o resultado de uma guerra conhecida como a grande guerra, esta que envolvia diversas nações, mas principalmente os Estados Unidos e a China como inimigos. Ela ocorreu por conta da falta de combustível que criou uma tensão entre os países e progrediu para um conflito. A guerra durou apenas algumas horas e afetou toda a superfície do planeta e a vida que vive nele com um gigantesco bafo atômico varrendo a atmosfera. Assim, tornou o planeta em praticamente um gigantesco deserto em ruínas com poucas localizações “intactas” mas ainda destruídas, e coberto por monstros e seres mutantes criados a partir da radiação.

O jogador precisa enfrentar criaturas radioativas na Wasteland
O jogador precisa enfrentar criaturas radioativas na Wasteland – Foto: Bethesda/Press Kit

Os jogos possuem um estilo artístico e mensagem forte, inspirados nas propagandas pós-guerra americana dos anos 50, um período recheado de desenvolvimentos culturais diversos nos continentes e países, e em que os Estados Unidos estavam no centro do mundo após seu papel na Segunda Guerra. Com diversas coisas acontecendo por lá, a guerra mudou os negócios, homens e mulheres lidavam com as consequências dos ocorridos mundiais e tinham que se estabelecer em uma nova sociedade, costumes e culturas, enquanto desenvolviam suas próprias convicções. É nesse cenário que Fallout aposta sua realidade, humor, história e ambientação.

Uma das principais características da saga é o seu estilo artístico recheado de animações e desenhos, cartazes, propagandas e pôsteres dos anos 50 pós-guerra americana, aqueles velhos cartazes do tipo “ei, queremos você!, junte-se às forças armadas”. Fallout pega esse conceito, ironiza e faz paródias em cima do falso patriotismo americano e ideias cegas realizadas na época que tentavam capturar os homens jovens, principalmente os pobres.

Para isso, eles utilizam os famosos aspectos da série, o Pip-Boy e o Vault Boy, tecnologias modernas com um aspecto retrô. O Pip-Boy é um dispositivo de computador móvel, acoplado no braço das pessoas que, em tradução da sua sigla pip, significa “processador de informações pessoais”, ou “processador pessoal de informações”. Ele apresenta uma série de dados e informações sobre tudo, podemos encarar como uma evolução do celular? Nossos celulares de hoje poderiam ser Pip-Boys de acordo com a visão de Fallout em 97…

O Pip-Boy ajuda os jogadores
O Pip-Boy ajuda os jogadores – Foto: Bethesda/Press Kit

O Pip-Boy foi feito pela RobCo, uma corporação de tecnologia e robótica, em parceria com a Vault-Tec, uma corporação que já existia antes da guerra, que, em contrato com o governo, desenvolveu uma série de bunkers, abrigos nucleares por todo o país. Como vocês devem acompanhar, muitos bilionários reais do nosso mundo criaram bunkers, o que dá mais desespero na gente ainda, mas enfim…continuando.

Foram criadas 122 Vaults, o que não salvaria nem 0,1% da população nacional. Porém, a intenção real das Vaults era de conduzir experimentos sociais secretos que poderiam ser aplicados em sociedade, como o próprio Pip-Boy. E, de fundo, queriam preservar e passar a ideia de uma corporação americana garantindo a sobrevivência dos americanos e do estilo de vida americano, todas estrategicamente posicionadas. Fora que, de todas as 122, apenas 17 protegeram quem estava dentro, as outras sendo feitas como bases de experimento em seus ocupantes.

Essa estratégia da Vault-Tec continha o outro elemento propaganda, o Vault Boy, mascote da companhia que aparece nas artes, pôsteres, animações de tutoriais de procedimentos relacionados às Vaults e tecnologias. Compartilhando similaridades com personagens como Mr. Monopoly, de um famoso jogo de tabuleiro, o Vault Boy rapidamente se popularizou entre os fãs dos games.

O Vault Boy, elemento de propaganda da Vault-Tec
O Vault Boy, elemento de propaganda da Vault-Tec – Foto: Bethesda/Press Kit

Característico do mesmo, assim como diversas artes pelo jogo, seria a sua roupa, a Vault Suit. Uma roupa desenvolvida com o intuito de ser utilizada dentro das Vaults, unindo conforto e mobilidade, à necessidade de uma produção em massa para os habitantes, resiliente e fácil de ser limpa. Com tom azul, dourado e preto, ela criou uma identificação rápida para o jogo. Nas Vaults, temos uma hierarquia, comandada pelos superintendentes, com alguns Vaults realizando eleições, enquanto outros permanecem nos postos indefinidamente.

E esses são os elementos que formam o núcleo de Fallout. A cada jogo novo, temos um novo protagonista customizável dentro desse universo, sendo a maioria um morador de uma dessas Vaults, com sua própria motivação principal, precisando sair de uma delas pela primeira vez e se aventurar na Wasteland.

A cronologia dos jogos

Análise da saga Fallout do Zangado

O primeiro protagonista, conhecido como morador, precisava sair de sua Vault 13 em Fallout 1 para procurar um chip de água, responsável pela reciclagem de água e bombeamento da máquina de água. Já Fallout 2, de 98, avançou 80 anos desde Fallout 1, colocando como protagonista um descendente do morador do primeiro, precisando salvar sua vila de uma seca iminente, indo em busca de um GECK, kit de sobrevivência desenvolvido pela Vault-Tec, que é tido como milagroso e pode ajudar uma Vault a sobreviver no mundo pós-guerra nuclear.

A franquia continuou até que em 2008 tivemos um marco da geração retrasada. Fallout 3, o meu favorito, se tornou um estrondoso sucesso, popularizando a franquia e a transformando em um RPG FPS, com opção de visão em terceira pessoa, dando uma nova dimensão e vivacidade ao mundo, podendo agora explorar livremente as terras devastadas em uma série de quests. Com a história se passando em 2227, nosso protagonista é o habitante da Vault 101, que estava selada desde o início da guerra, como um experimento social, saindo da ambientação da Califórnia e indo agora para Washington DC. O protagonista é conhecido como vagante solitário, e precisa ir atrás de seu pai que fugiu da Vault por razões misteriosas. O vagante tem 19 anos.

Fallout 3 foi o primeiro jogo 3D da franquia
Fallout 3 foi o primeiro jogo 3D da franquia – Foto: Bethesda/Press Kit

Depois tivemos Fallout New Vegas em 2010, indo para 2281. Nele, assumimos um mensageiro do Mojave Express, que leva um tiro na cabeça no caminho para uma entrega e é dado como morto. Ele é salvo por um robô chamado Victor, que o leva até um médico que o ajuda a se recuperar, com o mensageiro agora buscando vingança ou respostas do homem que atirou nele e roubou o chip de platina, um chip que ele deveria levar até Nova Vegas, lugar onde já foi Las Vegas. Se vendo, então, no meio de 3 grandes facções principais que se opõem umas às outras, o jogo dá a liberdade de escolher a quem se juntar e moldar sua história, mostrando a natureza do ser humano, ou o que restou dela.

Assim, vamos até Fallout 4, voltando a 2077, antes do ataque nuclear, onde uma família com seu filho recém-nascido são admitidos na Vault 111 e recebem um representante da mesma que veio buscá-los, mas são pegos no meio do caminho pela guerra. A família é logo colocada em sono criogênico e é despertada mais de 200 anos depois por dois estranhos que capturam o bebê do casal e matam a mulher ou marido dependendo de quem você escolheu para ser o seu personagem. Após, eles mandam nosso personagem principal de volta ao sono, e ele acorda novamente um tempo depois, precisando partir em busca de seu filho e vingança contra os estranhos em um mundo completamente futurista e diferente. E esses são os jogos principais.

A última entrada da franquia até o momento veio em 2018, sendo ainda relevante e recebendo conteúdo: Fallout 76. Um título que se trata de uma prequel, com sua história se passando bem antes, mais precisamente em 2102, poucos anos depois da guerra. Ele ocorre no que foi um dia a Virgínia do Oeste, após a guerra conhecida como Appalachia. A trama foca em um residente da Vault 76, com a missão dos residentes sendo a de reerguer a civilização. De início, nosso personagem é designado pelo superintendente a cuidar de uma missão relacionada a proteger um arsenal de armas nucleares na região como uma missão secreta. Mas logo a história toma outro rumo mais sinistro envolvendo a praga Scorched que está assolando toda a vida humana e das criaturas da região, com uma série de reviravoltas.

Fallout 76 é o último jogo lançado da série
Fallout 76 é o último jogo lançado da série – Foto: Press Kit/Bethesda

Após anos de crescimento, Fallout 76 acabou de receber novo conteúdo no final de março, com a atualização Americans Playground, fazendo parte da expansão que explora a cidade marítima de Atlantic City em Nova Jérsei. A cidade é um mapa explorável cheio de conteúdo, novos sistemas de pontuação, quests, expedições e recompensas novas, além de uma série de NPCs novos e um novo inimigo criptídeo, o clássico e mítico demônio de Jersey, com sua história folclórica popular tomando vida em Fallout.

Explorando uma nova mídia: A série de Fallout

Primeiro teaser da série de Fallout da Amazon

E aqui, chegamos à nova entrada do universo Fallout, que já tem um novo jogo anunciado, mas sem data de lançamento. Todd Howard e a Bethesda decidiram investir em um live action em formato de série de TV. Ela foi anunciada em junho de 2020 pela Amazon em parceria com a Bethesda, com Todd não querendo adaptar nenhum jogo, e sim trazer uma nova história dentro desse universo. Ano passado, tivemos a revelação de elenco, além de trailers mais recentemente. A série é idealizada pelo casal de diretores Jonathan Nolan e Lisa Joy. Jonathan e Lisa são criadores de aclamadas séries de ficção científica modernas. Jonathan é irmão mais novo do monstro da direção Christopher Nolan e trabalhou em diversos de seus filmes.

A série traz um elenco de atores mais novos, com exceção de seu elenco principal, que conta com a protagonista Lucy, protagonizada pela atriz inglesa Ella Purnell, reconhecida por filmes de drama e fantasia e algumas séries. Lucy é a jovem moradora da Vault principal, e também nunca saiu de sua Vault e na série irá sair pela primeira vez. Depois temos Aaron Moten como Maximus, um membro da Irmandade do Aço, uma facção que também leva o nome de um jogo spin-off, que habita o universo Fallout desde o primeiro jogo. Ela é uma organização paramilitar pós-guerra que opera em território americano e com o intuito de preservar tecnologia avançada e regular seu uso, conhecida como uma das mais icônicas organizações das terras devastadas. Aaron tem poucos filmes e séries no currículo.

Trailer oficial da série de Fallout da Amazon

Por fim, temos o excelente ator Walton Gogglins como um Ghoul, um pistoleiro mutante que é um caçador de recompensas. Ghouls são uma raça de pós-humanos mutantes em Fallout que são sobreviventes do holocausto nuclear, tendo sido afetados diretamente pela radiação e assumindo uma aparência meio zumbi. Walton interpreta um Ghoul conhecido como Cooper Howard que, pelos trailers, já apresentou uma pinta de vilão ou anti-herói. A série ainda contará com Kyle Maclachlan interpretando o superintendente e pai de Lucy. Um ator das antigas que interpretou o protagonista de Duna no filme de 1984, lembrando que Duna também é uma das inspirações para Fallout.

Até o momento não há mais informações sobre a série, mas isso que vocês ouviram hoje, são informações suficientes para vocês conseguirem assistir mesmo sem terem jogados os games. Agora, caso vocês tenham a intenção de jogar, lembrem que têm os vídeos da saga Fallout no canal do Zangado.

E bom jovens, então é isso. Grande abraço, valeu, falou, e até… Até mais!

Edição do artigo: Lucas Savicki

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