Skyrim: 10 Anos do Jogo da Bethesda, Segundo uma Dragonborn

SKYRIM, JOGO DA BETHESDA, COMEMORA 10 ANOS DE EXISTÊNCIA EM 11 DE NOVEMBRO DE 2021

Para comemorar os 10 Anos de Skyrim, jogo da Bethesda, estamos publicando um artigo escrito por uma Dragonborn, uma humana que nasceu com alma de dragão. Ela sugere a música Skyrim – Music & Ambience – Night para que a imersão seja completa.

“Ao pensar em Skyrim, logo vem em mente muita riqueza de conteúdo, mitologia e histórias bem construídas em cada detalhe do game. E quando se trata da série The Elder Scrolls (TES) como um todo, não é diferente. Não é à toa que TES é uma das franquias de RPG de ação e mundo aberto mais influente dos últimos tempos.

Composta por cinco títulos principais – Arena (1994), Daggerfall (1996), Morrowind (2002), Oblivion (2006) e, finalmente, Skyrim (2011) – a franquia marcou a vida de muitos gamers, apresentando um mundo totalmente novo. Vou contar a história da franquia e a minha história com a franquia para vocês. Espero que gostem…” Catharina de Leonardo.

Arena (1994)

The Elder Scrolls: Arena, lançado em 1994, foi o primeiro jogo da franquia, e acredite ou não, no início não era para ser um jogo de RPG. Durante seu desenvolvimento, os desenvolvedores focaram mais na construção de masmorras e missões, do que nas arenas em si.

Esse fato fez os testers elogiarem todos esses elementos que são indispensáveis em um bom jogo de RPG. Com isso, e uma gameplay com foco na evolução de seu personagem, o TES: Arena se tornou um jogo de RPG completo.

Daggerfall (1996)

Em 1996, dois anos após o lançamento de Arena, a Bethesda lançou o segundo jogo da franquia: The Elder Scrolls II: Daggerfall. Agora com novas mecânicas e narrativas focadas em melhorar a história da série. O que também enriqueceu as possibilidades para os jogadores construírem seus personagens, com desenvolvimento de classes e escolhas de habilidades para eles.

Já que estamos falando de The Elder Scrolls da Bethesda, o que não é de se surpreender sobre Daggerfall, é o fato de seu mapa ser considerado um dos maiores do mundo dos games. Com 161.600km² o mapa de Daggerfall é maior que o mapa de Skyrim, que possui “apenas” 38,33km², e até maior que o mapa de The Witcher 3, que conta com quase 140km².

Se Daggerfall despertou a sua curiosidade, você pode baixar o game gratuito no site da Bethesda, e se aventurar como um membro da Guilda dos Magos explorando todos esses quilômetros poligonais.

Morrowind (2002)

Em 2002, a série ganhou mais um título: The Elder Scrolls III: Morrowind. Dessa vez, diferente de Daggerfall, a Bethesda não utilizou uma expansão de mundo automática. O mapa inteiro foi construído à mão, com todo o cuidado da equipe. Morrowind recebeu diversos feedbacks positivos dos críticos, vendendo mais de 4 milhões de cópias pelo mundo.

Oblivion (2006)

2006 foi o ano da Bethesda surpreender muitos jogadores com o lançamento de The Elder Scrolls IV: Oblivion. Tamriel foi apresentada a crise de Oblivion, ou “a crise do esquecimento”, com os portais de Oblivion abertos e um Império à beira da destruição provocada pelos Daedras.

Tamanho foi o sucesso que TES IV ganhou diversos prêmios, e dentro de uma semana vendeu 1,7 milhão de cópias, e mais de 3,5 milhões até novembro de 2011, quando The Elder Scrolls V: Skyrim, o meu jogo favorito da franquia, foi lançado.

Skyrim (2011) – 10 anos atrás

Com um mapa maior do que o de Morrowind e Oblivion e um número de missões quase infinito, Skyrim foi lançado em novembro de 2011, recebendo prêmio de jogo do ano de diversos veículos. Inclusive a FD Comunicação fez parte dessa história! Este ano, Skyrim completa 10 anos de existência! Skyrim foi o primeiro jogo da Bethesda lançado oficialmente no Brasil, a FD foi responsável por fazer a campanha de assessoria de imprensa e marketing no país.

Assim como Skyrim é imprevisível em alguns momentos, a vida também costuma ser. E 8 anos após o lançamento do meu jogo favorito da franquia, tive a oportunidade de entrar na FD Comunicação em 2019 como estagiária. Hoje, a convite da Fernanda Domingues, vou compartilhar com você como Skyrim fez parte da minha vida.

A Way Of The Voice:

DARK DOOR

What is the music of life?

DRAGONBORN

Silence, my brother.

DARK DOOR

Welcome Home.

E eu não poderia começar a falar da minha experiência em Skyrim de outra forma, pois por muito tempo o game foi meu lar. O meu lar de várias casas: Desde da Dark Brotherhood, o Clã Volkihar, os Companions, a guilda dos magos do colégio de Winterhold e até a guilda dos Thieves! Nesta “pequena” terra gélida de todo o Império de Tamriel, em momento algum nós estamos sozinhos.

Cada grupo tem a sua história, a sua filosofia, e seus símbolos. Alguns até se diferem dando possibilidades inimagináveis de você escolher o que quer ser: Seja um vampiro do Clã Volkihar ou até um Lobisomen da guilda dos Companions.

E o melhor de tudo isso, é que você pode ser os dois. E ainda mais. Você é o Dragonborn, não há limites para ser você. Não importa se é um clã, uma guilda ou irmandade, todos esses grupos estão de portas abertas para você fazer parte da história de cada um deles.

Sobre o que fala Skyrim?

Skyrim é sobre possibilidades, histórias, bugs icônicos, craft nos detalhes e muita imprevisibilidade.

É sobre se transformar em Lobisomem pela primeira vez em uma noite de lua cheia, correr pela floresta nos arredores de Whiterun e acordar em uma casa abandonada, com um monte de gente que você nunca viu na vida querendo te recrutar para uma irmandade sombria. E em paralelo a isso, você ainda está caçando um dragão que quer devorar o mundo, mas precisa tomar cuidado onde atira suas flechas para não acertar uma galinha sem querer, se não o mundo se revolta contra você.

Todos esses elementos fazem com que o jogo seja real. Porque assim como falei no começo: a vida também é imprevisível.  Do mesmo modo que é quase impossível zerar Skyrim por toda sua riqueza de conteúdo, também é quase impossível zerar a vida.

Algumas pessoas têm a sorte de se encontrarem nesse sentido quando estão felizes fazendo o que amam. E eu não falo só de trabalho, mas sim de propósito. Não seguir o roteiro da sua história principal, mas as sidequests de tudo o que acontece ao seu entorno, as coisas que você não presta muita atenção. Onde você escolhe fazer a diferença para mudar a vida de alguém.

Skyrim mudou a minha vida nesses 10 anos?

Eu tenho muita sorte de ter conhecido Skyrim, devo isso ao meu melhor amigo de infância Arthur. Depois de quase 10 anos sem nos ver, nós nos reencontramos aos 15 anos de idade compartilhando a mesma paixão por jogos de RPG. E sem dúvida, todo o fascínio que ele têm até hoje pela riqueza nos detalhes do game, fez com que eu me fascinasse por Skyrim nos primeiros segundos de jogo também.

Arrisco até dizer que o storytelling de Skyrim fez com que eu me tornasse Diretora de Arte hoje. Todo o background artístico do game cria uma atmosfera de imersão única, que me prendeu na época, e me prende até hoje no fascínio por toda a arte conceitual dos mapas, dragões e de cada história que li durante a gameplay.

E digo isso com toda a certeza de quem já viveu muita coisa nesses 10 anos de Skyrim nos pontos mais extremos do mapa do game: de Solitude à Riften, de High Hrothgar – com o misterioso Paarthurnax, do ponto mais alto do mundo – às maravilhosas profundezas de Blackreach, e até de Sovngarde ao plano de Oblivion Soul Cairn… Você pode ter certeza que em cada caverna escondida, em cada fortaleza ou casa abandonada, você vai encontrar uma lore.

Em muitos momentos, você até vai se pegar contemplando a paisagem ou parando no meio de uma batalha contra o Alduin só para ouvir o Dovahzul, a língua dos dragões, que foi inspirada em idiomas reais como: sueco, dinamarquês, alemão e inglês antigo.

O mais incrível é que ele não só funciona como um idioma falado no game, mas também como elemento de gameplay. Com o poder da voz, o Dragonborn pode interpretar as palavras de poder gravadas em pedra por garras de dragão e transformá-las em Shouts.

Meu “Shoutlist”:

1 – Call Dragon:

O Shout é composto pelas palavras de poder: “Snow” (OD), “Hunter” (AH) e “Wing” (VIING). E apesar de não fazer efeito se o Dragonborn não tiver aprendido todas as três palavras de poder, é o meu Shout favorito.  Ao pronunciar todas as palavras o Dragonborn invoca o dragão Odahviing em qualquer batalha exterior. Esse Shout me marcou muito na experiência de gameplay, pois foi a primeira vez que pude voar em um dragão no jogo.

Na sacada do castelo de Whiterun, quando o Odahviing perguntou se eu estava pronta para ver o mundo como apenas um “Dovah” pode, nem acreditei. Foi icônico! Ainda mais que ele estava me levando ao portal do Alduin para Sovngarde, uma espécie de “Valhalla” para o game.

2 – Whirlwind Sprint:

Neste Shout o Dragonborn é praticamente o Flash. As palavras de poder são: “Whirlwind” (WULD), “Fury” (NAH) e “Tempest” (KEST), com elas você consegue atingir lugares distantes de forma rápida, e até chegar a pontos do mapa inalcançáveis na gameplay comum, como por exemplo o baú secreto de Whiterun – Fica a dica.

3 – O icônico Fus Ro Dah! O primeiro de seu nome, rei de todos os memes:

O Unrelenting Force composto pelas palavras de poder “Force” (FUS), “Balance” (RO) e “Push” (DAH), é o primeiro Shout que temos contato no game. Com ele, o Dragonborn consegue empurrar seus inimigos para longe, apenas com o poder da voz.

É claro que esse Shout rendeu vários memes, mas não podemos esquecer das palavras do sábio Arngeir: “Com todas as três palavras juntas, este Shout é muito mais poderoso. Use-o com sabedoria”.

Vale a pena jogar Skyrim depois de 10 anos?

Skyrim é um jogo com uma atmosfera única e a história está presente em cada detalhe. Cada jogador, tenha ele 100 ou 1000 horas de jogo, tem uma vivência diferente. Que é construída a partir de sua própria exploração e das sidequests ou batalhas que você escolhe lutar.

Por experiência própria, jogar Skyrim depois de 10 anos é como reencontrar um velho amigo depois de muito tempo. A amizade nunca muda. É como se você estivesse em uma taberna com uma caneca de Hidromel na mão, lembrando de cada momento aleatório e engraçado que viveu com ele, enquanto um bardo com o seu alaúde toca “The Dragonborn Comes” ao fundo.

Se você ainda não conhece esse mundo, não espere apenas uma história de batalhas e dragões. Isso já brilha os olhos da maioria dos apaixonados por RPG, mas saiba que em Skyrim você encontra muito mais. Então explore esse mundo e aproveite cada segundo de cada história. No link abaixo você vai descobrir como a Bethesda criou a língua dos dragões.

E aos meus Companions, deixo o convite para visitar e fazer parte do Museu de Skyrim, uma iniciativa da Bethesda para celebrar a criatividade da comunidade em comemoração à 10 anos de aniversário de Skyrim, comemorado em 11 de Novembro de 2021. Good luck Dovahkiins! Novas histórias nos aguardam em breve.

Por: Catharina de Leonardo

Imagens: Acervo Pessoal/Divulgação

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